"A GM deve abrir imediatamente a sua fábrica estupidamente fechada em Lordstown, Ohio, ou outra fábrica e começar a produzir ventiladores, agora!!!", escreveu Trump na sua conta pessoal da rede social Twitter.
Logo a seguir ao apelo presidencial, a GM e a empresa Ventec Life Systems, fabricante de dispositivos médicos, anunciaram um acordo para produzir ventiladores na fábrica da General Motors em Kokomo, no Estado de Indiana.
Contudo, o Presidente dos EUA não se mostra muito confiante no comportamento da GM, criticando o fabricante automóvel de fazer promessas que não cumpre.
"Como de costume com essa General Motors, as coisas parecem nunca dar certo", escreveu Trump no Twitter, referindo-se ao facto da GM ter prometido anteriormente 40.000 ventiladores e ter agora dito que apenas produzirá 6.000 até final de abril, para além de estar a pedir preços muito elevados pela sua produção.
As primeiras cópias do modelo que a GM e a Ventec produzirão já foram aprovadas pela Agência Federal de Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) e deverão ser entregues a partir de abril, disseram as duas empresas, num comunicado conjunto.
Refutando as críticas do Presidente no Twitter, a GM diz que não espera qualquer lucro com a venda dos ventiladores, explicando que apenas pedirá o reembolso do custo de produção.
A Ford também já afirmou que começou a fabricar equipamento de proteção para o pessoal médico de hospitais, prometendo entregar dezenas de milhares de máscaras protetoras, para além de ventiladores, muito em breve.
"Temos equipas a trabalhar 24 horas, com a GE Healthcare (divisão de saúde da General Electric) para acelerar a produção de ventiladores simplificado. E estamos a trabalhar com a empresa 3M para aumentar a produção de respiradores de purificação de ar", disse a Ford, num comunicado.
O governador de Nova Iorque, a cidade mais afetada pela pandemia covid-19, pediu ao Governo federal para receber ventiladores, dizendo que os hospitais do seu Estado precisam de cerca de mais 100.000 ventiladores.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.