A agência France-Presse fez as contas e concluiu que 43% da população global, estimada pelas Nações Unidas em 7,79 mil milhões de pessoas em 2020, foi "obrigada ou aconselhada" a ficar em casa pelas autoridades dos respetivos países ou territórios autónomos.
A maior parte dessas pessoas, pelo menos 2,45 mil milhões em 42 países, estão em confinamento obrigatório, incorrendo em sanções se não respeitarem as ordens dos respetivos governos.
Ainda segundo a AFP, nenhum continente é poupado ao confinamento, tendo sido declarado mesmo o recolher obrigatório em 21 países, com proibição total de circulação ao cair do dia, nomeadamente em África (Egito, Quénia, Costa do Marfim, Burkina Faso, Senegal, Serra Leoa, Mauritânia e Gabão) e América Latina (Chile, Equador, República Dominicana, Panamá e Porto Rico).
A Arábia Saudita, a Sérvia e a cidade de Manila, capital das Filipinas, são outras zonas do mundo onde foi imposto o recolher obrigatório.
Sete cidades espalhadas pelo mundo instauram também uma quarentena apertada, que impede os seus habitantes de entrar ou sair: Kinshasa (Congo), Riade, Media e Meca (Arábia Saudita), Helsínquia (Finlândia) e Baku (Azerbaijão), num total de 30 milhões de pessoas.
Pelo menos nove territórios, num total de 511 milhões de pessoas, limitaram-se a pedir às respetivas populações que não saiam de casa, sem impor medidas coercivas. É o caso da Rússia, Irão, Alemanha, Uganda e dos principais estados do Brasil.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 119 mortes, mais 19 do que na véspera (+19%), e registaram-se 5.962 casos de infeções confirmadas, mais 792 casos em relação a sábado (+15,3%).