As autoridades de saúde queriam, inicialmente, enviar os passageiros doentes que estavam a bordo do navio Artania para os hospitais de Hollywood e Bethesda, na cidade de Perth, mas os enfermeiros e médicos argumentaram que esses hospitais não estavam equipados para lidar com a doença.
O governo federal acabou por fechar um acordo com o hospital privado Joondalup Health Campus, que já estava a tratar doentes com a covid-19, a doença causada pelo coronavírus.
"O atendimento hospitalar será fornecido numa das principais instalações do estado, totalmente preparada e já a tratar doentes com covid -19", disse o ministro federal da Saúde, Greg Hunt, em comunicado hoje divulgado.
O primeiro-ministro da Austrália Ocidental, Mark McGowan, adiantou que 844 passageiros e tripulantes do Artania regressam hoje a casa em quatro voos fretados.
"Sei que 479 tripulantes permanecem no navio, mas crio que o navio vai deixar a Austrália Ocidental nos próximos dias", disse McGowan.
Cerca de 200 australianos que residem na Austrália Ocidental e estavam a bordo de um outro cruzeiro que chegou a Perth no final de semana, o Vasco da Gama, foram hoje transportados para o destino de férias, na Ilha Rottnest, que ficará isolado por duas semanas.
Outros 600 australianos ficarão em quarentena num hotel de Perth durante duas semanas.
Na costa leste da Austrália, os paramédicos retiraram, durante a noite, três tripulantes de um navio que se tornou a maior fonte de casos de covid-19 da Austrália.
O diretor de Saúde do estado de Gales do Sul, Kerry Chant, explicou hoje que os três doentes não são cidadãos australianos e foram levados do navio 'Ruby Princess', que está ancorado na costa de Sydney, para um hospital daquela cidade.
Anteriormente, as autoridades foram criticadas por permitir que 2.700 passageiros e tripulantes desembarcassem do navio, quando atracou em Sydney, em 19 de março, apesar dos resultados dos testes à covid-19 ainda serem desconhecidos.
Muitos dos passageiros viajaram de carro por barco antes de saberem se estavam infetados.
Mais de 300 pessoas contraíram o vírus no navio, incluindo duas mulheres com 77 e 75 anos, que morreram, entretanto.