De acordo com um comunicado divulgado, citado pela agência France-Presse, a Johnson & Johnson assinou um acordo com a Autoridade para a Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado dos Estados Unidos, que se traduzirá num investimento de 1.000 milhões de euros.
A empresa farmacêutica começou a desenvolver em janeiro esta vacina contra a doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), utilizando a mesma tecnologia que ajudou a conceber uma potencial vacina contra o ébola.
"Testámos várias candidatas a vacinas em animais para selecionar o melhor. Demorou 12 semanas", afirmou o chefe da divisão da Johnson & Johnson dedicada ao desenvolvimento desta vacina, Paul Stoffels.
A equipa que agora está a trabalhar para criar uma vacina eficaz contra a covid-19 também já tinha desenvolvido uma vacina candidata contra o SARS.
O trabalho não foi concluído, no entanto, uma vez que a situação foi controlada.
A Johnson & Johnson anunciou ainda que aumentou a capacidade de produção de todas as fábricas, tanto nos Estados Unidos, como em outros países, para conseguir fabricar mais de 1.000 milhões de vacinas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.