A agência de Protecção Civil italiana dá conta, esta terça-feira, de mais 837 mortes nas últimas 24 horas, elevando-se o número total de mortos para os 12.428. O número de vítimas mortais regista uma ligeira subida, em termos absolutos (ontem foi de 812), mas em termos de variação desce: ontem o crescimento foi de 7,5% e hoje é de 7,2% - o número mais baixo em semanas.
Embora a comparação dia a dia possa mostrar subidas ligeiras, importa referir que os números têm seguido uma tendência de descida, algo positivo, mesmo tendo em conta os avassaladores números de vítimas.
Um outro sinal positivo está no número de casos de infeção confirmados, desde 20 de fevereiro, que esta quarta-feira sobem 4.053 (3,9%) para 105.792, dos quais 77.635 são casos ativos (+2.107). É o quarto dia consecutivo em que esta percentagem desce (no dia 27 esta percentagem era de 11%).
Mais 1.109 pessoas ficaram recuperadas, elevando-se este número para 15.729, e 42 passaram para cuidados intensivos (também uma baixa recorde), que agora conta com 4.023 doentes.
Conforme pode ver pelo mapa abaixo, a região mais afetada pelo surto viral é Lombardia, situada no norte do país, onde os serviços de saúde estão sobrecarregados. A maioria das mortes - 7.199 - ocorreu naquela região.
Mapa referente ao dia 31 de março, com número de vítimas por região.© Proteção Civil Itália
O presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Silvio Brusaferro, disse, em conferência de imprensa, que Itália "atingiu o pico", mas um pico "do qual devemos descer", indicou, sublinhando que não devem ser aliviadas as medidas de confinamento. Foi ontem anunciado que o confinamento imposto aos seus 60 milhões de habitantes se vai prolongar, pelo menos até à Páscoa, apesar do registo de sinais positivos no combate à pandemia.
A Itália é país do mundo com mais mortes registadas por causa da Covid-19, tendo ultrapassado a China (3.300 mortos) no passado dia 19 de março. Seguem-se a Espanha, que soma já mais de 8 mil mortos, e os Estados Unidos, com mais de 3.000.