"O nome dos nossos amigos médicos, enfermeiros ou outro pessoal dos serviços de saúde infetados pelo novo coronavírus é elevado. O número, que anuncio contrariado, é de 601", declarou com enorme constrangimento o ministro Fahrettin Koca, durante uma conferência de imprensa.
Em simultâneo, um dos primeiros médicos envolvidos na luta contra a epidemia na Turquia, o professor Cemil Tascioglu, morreu hoje após ter contraído a covid-19, acrescentou o ministro.
Trata-se da primeira morte conhecida na Turquia de um médico e relacionada com o novo coronavírus.
Nas últimas 24 horas, indicou Coca, 2.148 pessoas testaram positivo e 63 morreram, um forte aumento que coloca o atual balanço na Turquia em 15.679 casos, incluindo 277 óbitos.
Pela primeira vez, o ministro indicou as províncias mais atingidas. A capital económica, Istambul, com 8.852 casos, regista mais de metade dos registados no país de 83 milhões de habitantes, e 177 mortos, lidera esta lista.
A câmara municipal de Istambul indicou que 90% dos seus empregados testaram positivo.
De seguida surge a grande cidade de Esmirna (oeste), que antecede a capital Ancara.
Numa situação em que a Turquia parece não ter ainda tingido o pico da pandemia, Koca indicou que a taxa de ocupação de camas em cuidados intensivos se situa "entre 62% e 63%".
A Turquia impôs diversas medias para tentar limitar a propagação do novo coronavírus, ao encerrar escolas, colocar em quarentena cerca de 50 localidades e confinar os idosos e doentes crónicos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 44 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).