Pessoas a morrer à porta de hospitais, corpos na rua. Equador vive terror
Hospitais e sistema funerário do país estão em colapso.
© Reuters
Mundo Covid-19
O Equador vive momentos complicados com a propagação da Covid-19 no país. Relatos que nos chegam da imprensa internacional dão conta de corpos que estão a ser deixados em plena via pública e outros tantos embrulhados em plástico e abandonados.
A província de Guayas, onde está localizada a cidade de Guayaquil, regista mais vítimas do que países latino-americanos inteiros: 60 mortos e 1.937 infectados. Contudo, estes dados podem ser ainda superiores dado que não se estão a efetuar testes suficientes e há muitos corpos ainda por descobrir.
Na cidade de Guayaquil, só nas ultimas 24 horas, foram recolhidos 150 corpos.
A autarca da cidade, também ela infetada, refere que cabe ao governo responsabilizar-se pela recolha dos corpos.
#BREAKING | Mayor of Guayaquil #Ecuador asks for desperate help "They do not remove the dead from their homes, they leave them on the sidewalks, they fall in front of the hospitals. #CoronaUpdate #EcuadorSOS #EcuadorEnEmergencia pic.twitter.com/1dJcqbkSV4
— BTFKNews (@BTFKNews) April 2, 2020
A mesma autarca refere que os corpos sem paradeiro estão agora a ser colocados em contentores refrigerados à espera que se façam planos para um novo cemitério.
Nas redes sociais, são várias as denúncias que reportam a situação de calamidade vivida sobretudo nesta cidade do país. Fala-se de pessoas a morrer às portas dos hospitais, corpos abandonados pela cidade, e de corpos a serem queimados na via pública pelos próprios populares.
#BREAKING | Citizens of #Guayaquil burn bodies of those killed by # Covid_19 in the streetsThis represents desperate measures in the absence of help from President Lenín Moreno. #Coronavirustruth #EcuadorSOS #EcuadorEnEmergencia pic.twitter.com/SNKh3qVsPp
— BTFKNews (@BTFKNews) April 2, 2020
O país já admitiu o colapso do sistema funerário, como resultado desta crise, e foi necessário criar uma força composta por militares para conseguir recolher os corpos.
Segundo o South China Morning Post, surgem todos os dias entre 500 a mil pacientes no maior hospital de Guayaquil, queixando-se de problemas respiratórios. Muitos são falso alarme, mas o grande volume de pacientes está a levar o hospital ao ponto de ruptura.
A Associação Nacional de Enfermeiros daquele país refere que mais de 370 profissionais estão contaminados.
O primeiro caso de Covid-19 no país foi registado a 29 de fevereiro. Tratava-se de uma mulher de 70 anos que tinha chegado de viagem de Itália. A província de Guayas, cuja capital é Guayaquil, concentra 70% dos casos da Covid-19 no Equador, dá conta a Globo.
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