A agência de Protecção Civil italiana dá conta, esta quinta-feira, de mais 760 mortes nas últimas 24 horas, perfazendo um número total de óbitos de 13.915. O número de vítimas mortais regista uma ligeira subida, em termos absolutos (ontem foi de 727), mas mantém a variação percentual (5,8%, a mesma da véspera).
Sublinhe-se que embora a comparação dia a dia possa mostrar subidas ligeiras, importa referir que os números têm seguido uma tendência de descida, algo positivo, mesmo tendo em conta os avassaladores números de vítimas.
Os casos de infeção confirmados continuam a descer. São hoje contabilizados mais 4.668 novos casos (número menor que quarta-feira, quando foram registado mais 4.782). A taxa de variação é de 4,2%, um pouco acima, por exemplo, de dia 31 de março (3,95), mas já longe de números como os de dia 27 (11%).
Desde o início desta pandemia do vírus SARS-CoV-2 em Itália, a 20 de fevereiro, contabilizam-se, portanto, 115.242 casos diagnosticados, segundo explicou Angelo Borrelli, o chefe da Proteção Civil. Destes, 83.049 casos ativos e 18.278 estão recuperados (um número que voltou a subir em número recorde).
Conforme pode ver pelo mapa abaixo, a região mais afetada pelo surto viral é Lombardia, situada no norte do país, onde os serviços de saúde estão sobrecarregados. A maioria das mortes - 7.960 - ocorreu naquela região.
Mapa das vítimas da Covid-19 em Itália, por região© Proteção Civil Itália
O Governo italiano deverá aprovar até sexta-feira um novo decreto para prolongar, pelo menos até 13 de abril, as medidas de confinamento e bloqueio de atividades, em vigor desde há cerca de quatro semanas.
O presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Silvio Brusaferro, disse ontem, em conferência de imprensa, que Itália "atingiu o pico", mas um pico "do qual devemos descer", indicou, sublinhando que não devem ser aliviadas as medidas de confinamento.
A Itália é país do mundo com mais mortes registadas por causa da Covid-19, tendo ultrapassado a China (3.300 mortos) no passado dia 19 de março. Seguem-se a Espanha, que soma já mais de 8 mil mortos, e os Estados Unidos, com mais de 3.000.