Macron recebe novo chanceler alemão Friedrich Merz na próxima semana

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que o futuro chanceler alemão, o conservador Friedrich Merz, fará "a primeira visita" a Paris como chefe do novo Governo de coligação no dia 07 de maio.

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© YOAN VALAT/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
28/04/2025 22:52 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Emmanuel Macron

"Estamos também a consolidar tudo isto com uma estratégia para reforçar a Europa", afirmou o chefe de Estado francês em entrevista à revista Paris Match.

 

Este encontro em Paris vai acontecer um dia depois de Friedrich Merz assumir o cargo no Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) do antecessor Olaf Scholz (no cargo de chanceler em dezembro de 2021), na sequência das eleições federais antecipadas de 23 de fevereiro que ditaram a vitória de Merz, que vai chefiar um governo de coligação com os sociais-democratas (SPD, partido de Scholz).

A União Democrata-Cristã (CDU, aliada à congénere bávara União Social-Cristã) venceu as eleições com 28,6% dos votos, seguida da força de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, com 20,8%), do SPD (16,4%), dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).

Dois dias depois, em 09 de maio, Macron vai receber a visita do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, na cidade de Nancy (leste) para assinar um "tratado de amizade" entre os dois países.

O Presidente francês afirmou ainda que "nos próximos oito a dez dias" vão aumentar a pressão sobre a Rússia, após ter "convencido os americanos da possibilidade de uma escalada de ameaças e, potencialmente, de sanções" contra Moscovo.

"Os próximos quinze dias serão fundamentais para tentar implementar este cessar-fogo" pretendido pelos Estados Unidos, aceite pela Ucrânia e defendido pelos europeus, mas que a Rússia ainda não subscreveu, insistiu Macron após o encontro entre os homólogos americano e ucraniano, Donald Trump e Volodymyr Zelensky, no Vaticano, no sábado.

Emmanuel Macron disse ainda que tinha falado com Trump "na quarta-feira à noite para o encorajar a adotar uma linha mais firme" com o homólogo russo Vladimir Putin.

"O objetivo é que os americanos possam ir a Kyiv muito rapidamente, que possamos estabelecer as condições para um cessar-fogo e que trabalhemos em profundidade nas medidas para acompanhar este cessar-fogo, a fim de o preservar do lado ucraniano. Juntamente com os americanos, devemos estar preparados para adotar uma linha mais dura com a Rússia, a fim de obter este cessar-fogo", acrescentou.

Após a reunião de sábado entre Trump e Zelensky, à margem do funeral do papa Francisco, Macron garantiu que conseguiram o objetivo de "voltar a pressionar a Rússia", porque não era justo que a pressão fosse exercida apenas sobre a Ucrânia".

A presidência russa declarou um cessar-fogo total na Ucrânia de três dias, entre os dias 08 a 10 de maio, quando a Rússia celebra o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Segundo o Kremlin, Vladimir Putin, ordenou a cessação total das hostilidades por "razões humanitárias" para o Dia da Vitória, a 9 de maio, mas avisou desde já sobre retaliações.

A Rússia e a Ucrânia, envolvidas no conflito desde 24 de fevereiro de 2022, não se sentam à mesma mesa de negociações desde março do mesmo ano.

Leia Também: Macron destaca vontade de paz de Zelensky e desafia Putin mostrar a sua

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