A presidente da região de Ile-de-France, a mais populosa do país, onde se insere a cidade de Paris, Valérie Pécresse, deu, esta sexta-feira, conta de mais um caso de alegado 'desvio' de máscaras por parte dos Estados Unidos. Esta é já a terceira acusação francesa deste tipo, após aquelas feitas por Jean Rottner (Grand Est) e Rénaud Muselier (Provence-Alpes-Côte d'Azur).
Em declarações prestadas à estação televisiva francesa BFMTV, a responsável deu conta da dificuldade que tem enfrentado na obtenção deste equipamento, para o qual a procura 'disparou' desde o início da pandemia de Covid-19.
"Há dez dias, o Estado autorizou as regiões, os departamentos, as cidades e os privados a comprá-las [as máscaras] por si próprios. A partir daí, todos começámos numa espécie de caça ao tesouro, à caça de máscaras", começou por dizer.
"Encontrei um stock de máscaras que estava disponível, mas os americanos superaram a proposta. Não foi o governo. Eles propuseram três vezes mais do que o preço e disponibilizaram-se a pagar no imediato", acrescentou.
Valérie Pécresse explicou, ainda, que não deu seguimento ao caso por considerar que não seria correto levar a cabo um 'leilão' com "o dinheiro dos contribuintes".