Covid-19: Brasil tem 359 mortos e 9.056 casos confirmados

O Brasil tem 359 mortos e 9.056 infetados pelo novo coronavírus, tendo o país sul-americano registado um aumento de 60 óbitos e 1.146 casos confirmados nas últimas 24 horas, informou hoje o Governo brasileiro.

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Lusa
03/04/2020 23:42 ‧ 03/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a taxa de letalidade da covid-19 no Brasil subiu hoje para 4%, tendo sido batido o recorde de mortes (60) num único dia, desde o início da pandemia no país.

São Paulo continua a ser a unidade federativa do Brasil com maior número de casos confirmados, registando 219 vítimas mortais e 4.048 pessoas infetadas. Contudo, a maior incidência de casos está no Distrito Federal, que se destaca com 13,2 casos por cada 100 mil habitantes.

Todos os estados do nordeste, sudeste, centro-oeste e sul do Brasil têm agora mortes por coronavírus. A exceção é a região norte, que tem apenas três dos seus sete estados com registo de óbitos.

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, as cinco unidades federativas que inspiram maior preocupação pela tutela da Saúde são São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará e Amazonas.

O Ministério da Saúde corrigiu hoje uma informação transmitida à imprensa na quinta-feira, em que dava conta de que o vírus já se encontrava no Brasil no final de janeiro. A pasta retificou o dado, indicando que se tratou de um erro de digitação nas datas, e que o primeiro caso registado no país aconteceu, efetivamente, em 26 de fevereiro.

Numa conferência de imprensa interministerial, na tarde de hoje, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, anunciou que o executivo irá destinar cerca de 40 milhões de reais (6,9 milhões de euros) para grupos vulneráveis e comunidades indígenas.

O valor será transferido do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para a Companhia Nacional de Abastecimento e para a Fundação Nacional do Índio.

Um dia após o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ter criticado publicamente a postura do seu ministro da Saúde, por este apoiar o isolamento social para enfrentar o novo coronavírus, Mandetta foi questionado pela imprensa se tencionava abandonar o cargo.

O ministro, que também é médico, garantiu que ficará no Governo até que Bolsonaro decida o contrário.

"Eu tenho uma coisa na minha vida que aprendi com os meus os mestres: médico não abandona paciente", afirmou Mandetta.

O governante disse ainda que as críticas sobre a forma como tem conduzido esta crise sanitária não o incomodam.

"O paciente, agora, é o Brasil. É normal que muitas pessoas que estão em torno, e que têm um amor profundo como é o caso do Presidente Bolsonaro, se preocupem, questionem e vejam quais são as alternativas. Mas o que eu vejo é uma vontade muito grande de acertar. Uma vontade ainda grande de encontrarmos, todos juntos, um caminho para irmos com esse paciente para um porto seguro", declarou Mandetta.

Apesar das críticas de Bolsonaro, o Ministério da Saúde brasileiro alcançou 76% de aprovação na condução da crise do novo coronavírus, mais do dobro do valor atingido pelo chefe de Estado, que obteve 33%, segundo uma sondagem hoje divulgada.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.

 

 

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