Os dois casos, ambos assintomáticos, são relativos a cidadãos angolanos que regressaram ao país, um chegado num voo, no dia 17, e outro no dia 20 de março.
No balanço diário relativo à situação da covid-19 em Angola, Franco Mufinda adiantou ainda que dois dos doentes já recuperaram.
O porta-voz do ministério do Interior, Valdemar José, revelou, no mesmo balanço, que se registaram vários casos de agressões a agentes da polícia, incluindo atropelamentos, enquanto as autoridades tentavam fazer respeitar as regras do estado de emergência.
Adiantou igualmente que foram detidos, nas últimas 24 horas, 87 cidadãos, dos quais 37 por desobediência, desacato e especulação.
Foram ainda fechados 35 mercados e apreendidos taxis coletivos por não respeitarem os limites de passageiros, e mototaxis, que estão impedidos de circular.
Angola declarou o estado de emergência para conter a propagação da covid-19 a 27 de março, por 15 dias prorrogáveis.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 60 mil.
Dos casos de infeção, mais de 211 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
A pandemia afeta já 50 dos 55 países e territórios africanos, com mais de 7.700 infeções e mais de 300 mortes, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). São Tomé e Príncipe permanece como o único país lusófono sem registo de infeção.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).