Paul Stoffels é diretor científico da Johnson & Johnson e, em entrevista ao El Mundo, lembra que a empresa que dirige está a trabalhar arduamente para conseguir, em tempo recorde, uma vacina contra o vírus que parou o mundo.
Admitindo estar esperançoso relativamente ao trabalho desenvolvido até aqui, Paul deixa entender que os primeiros testes realizados são entusiasmantes.
"Diria que a probabilidade de ter êxito com a nossa vacina supera os 80%", afirma este estudioso, em entrevista exclusiva ao jornal espanhol.
Em entrevista anterior, Stoffels já tinha comparado o momento que enfrentamos a um outro relativamente semelhante: o da gripe espanhola.
"Este é o maior desafio médico que já enfrentei? Sim, podemos dizer isso. Acho que não víamos uma crise médica com tanto impacto desde a gripe espanhola em 1918", considerou, falando depois sobre os possíveis impactos de uma segunda onda de infeções.
"Muito dependerá de como vai evoluir o número de infecções, internamentos e mortes. Se começarem a baixar, temos que permanecer calmos por algum tempo para evitar começar uma segunda onda. É crucial medir quantas pessoas produziram anticorpos e até que ponto elas fornecem proteção. Teremos que reunir muitas informações. Devemos reiniciar até o verão. O distanciamento social continuará, mas a sociedade precisa voltar ao trabalho", defende.