"Decidiram embrulhar a minha mãe e deixá-la morta num banco"
Com hospitais e morgues a rebentar pelas costuras no Equador, sucedem-se os pedidos de ajuda de familiares para recolherem os corpos dos seus entes queridos.
© Reuters
Mundo Equador
No decorrer dos últimos dias divulgaram-se várias imagens da cidade de Guayaquil, a maior do Equador, onde o novo coronavírus continua a propagar-se a uma velocidade vertiginosa.
Com hospitais cheios e morgues sem espaço para receber mais óbitos, neste domingo tornou-se viral a imagem de uma mulher morta num banco de uma das maiores avenidas da cidade de Guayaquil. Junto a esta cidadã equatoriana de 81 anos aparecia um cartaz, onde constava: "Chamámos o 911 (número de emergência no Equador,) mas não houve ajuda".
De acordo com o diário equatoriano Extra, o cadáver pertencia a uma mulher de 81 anos, chamada María Susana Zamora Quispilema, que morreu nesta quinta-feira, 2 de abril, e só foi recolhida deste banco após ter sido colocado o já referido cartaz diante do seu corpo, neste domingo de manhã.
O filho da vítima comentou que as autoridades de saúde tomaram a "decisão de embrulhar a mãe e colocá-la num banco porque, apesar dos insistentes telefonemas que fizeram durante o dia todo, "eles não vinham recolher o corpo".
Cuando termine esto algunos funcionarios de estado tendrán que responder por nuestros muertos.Una de ellas será la ex ministra de salud, se la pasó jurando que el país estaba listo.Cuando llegó la pandemia la realidad fue otra. Tristeza y muerte de nuestros seres amados. pic.twitter.com/YwR8kWuFTl
— Ronald Córdova ® (@ronaldcordova) April 4, 2020
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