"Ao ficar em casa em abril, poderemos desfrutar dos primeiros resultados do nosso comportamento responsável em maio", afirmou o porta-voz do executivo helénico, Stelios Petsas.
O porta-voz disse esperar "um regresso à normalidade", desde que "não sejam cometidos erros que possam comprometer o que foi construído desde o início desta pandemia".
Com as medidas tomadas precocemente pelo governo, mas também pelo esforço dos cidadãos em respeitá-las, "conseguimos parar (a expansão) do vírus", referiu Stelios Petsas, em declarações à comunicação social.
"Estamos a entrar numa fase crítica contra esta guerra não declarada contra a pandemia (...) o mês de abril será ainda outro mês difícil", alertou o representante.
A Grécia regista, até à data, 76 vítimas mortais associadas à pandemia da covid-19, em 1.735 casos de infeção pelo novo coronavírus.
Apesar dos números relativamente baixos, se comparados com outros países europeus, a Grécia dispõe de um serviço nacional de saúde fragilizado após uma longa década de uma grave crise financeira.
De forma a minimizar as consequências e travar a propagação da covid-19, o governo grego decidiu avançar com medidas restritivas desde que o país registou a primeira vítima mortal, em 12 de março.
Desde essa data, escolas, locais arqueológicos, museus, cafés, bares e hotéis fecharam de forma progressiva.
Alguns dias depois, em 22 de março, o executivo helénico decretou o confinamento geral da população, que irá prolongar-se até 27 de abril.
O prolongamento do confinamento da população vai abranger a Páscoa ortodoxa, feriado religioso celebrado em 19 de abril.
Uma das situações que está a suscitar preocupação na Grécia, tanto a nível interno mas também a nível internacional, é a potencial propagação da doença covid-19 nos vários campos de refugiados erguidos no território continental grego e nas ilhas gregas, locais maioritariamente marcados por condições de vida muito precárias e condições sanitárias muito débeis.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 680 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é a zona do mundo mais afetada pela pandemia.