O governo espanhol discute esta manhã, em Congresso dos Deputados, a proposta para prolongar por mais duas semanas, até 25 deste mês, o estado de emergência em vigor desde 15 de março, com o objetivo e lutar contra o novo coronavírus.
Durante o seu discurso, Pedro Sánchez apelou à união da União Europeia, referindo que "a UE pode estar em perigo se não houver solidariedade".
"Todos chegámos tarde, é evidente que toda a Europa atuou tarde", referiu o chefe do governo espanhol, defendendo, contudo, que a Espanha foi o primeiro país europeu a atuar, quando tinha 120 vítimas.
"É o país que maior número de testes realiza. O país que mais avançou nas medidas de contenção. O único que contabiliza todos os infetados. Toda a Europa chegou tarde, mas a Espanha foi a primeira a atuar. Peço união e lealdade", referiu, numa importante mensagem a todos os responsáveis europeus.
"A pandemia requer força. Precisamos de solidariedade na Europa. É isso que exijo da UE. É agora ou nunca. O que foi feito não é suficiente, precisamos ser exigentes. Esta crise não tem culpados. Os recursos devem ser mobilizados. Nem a austeridade, nem os cortes são o caminho", alertou, convidando os deputados espanhóis a defender o país "nos seus grupos políticos europeus".
O primeiro-ministro espanhol pediu ainda à oposição de direita para seguir o exemplo de Portugal, onde o presidente do PSD, Rui Rio, fez um "discurso emotivo" a desejar "boa sorte" e a oferecer a sua colaboração na luta contra a covid-19.
A Espanha é um dos países mais atingido pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82.000, tendo saído curados cerca de 260 mil.