Sánchez avança com novo prolongamento do estado de emergência

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, avançou hoje que dentro de quinze dias terá de voltar ao parlamento para prolongar o estado de emergência por mais duas semanas, porque o país não terá ainda "posto fim à pandemia".

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Lusa
09/04/2020 16:09 ‧ 09/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

No debate parlamentar que está a decorrer para aprovar, ainda hoje, o prolongamento do estado de emergência até às 24:00 de 25 de abril próximo, Sánchez explicou que só não pede agora mais um mês de período de exceção porque a oposição argumentaria acusando-o de que não pretende dar contas aos representantes do povo.

Assim, "prefiro vir de duas em duas semanas", disse o chefe do Governo, insistindo que está "convencido" de que haverá um novo alargamento do "estado de emergência" depois de 25 de abril próximo e, "se não fosse assim, seria porque as coisas teriam melhorado substancialmente".

Sánchez também reconheceu que, neste momento do confinamento, a maioria das infeções ocorre em casas, e não fora delas, pelo que deve ser complementada com outros tipos de medidas que não especificou.

Os deputados espanhóis votam hoje a proposta do Governo para prolongar por mais duas semanas, até 25 deste mês, o estado de emergência em vigor desde 15 de março, com o objetivo de lutar contra o novo coronavírus, e que impôs uma série de restrições à mobilidade dos cidadãos, que foram depois alargadas, com medidas adicionais, como o controlo nas fronteiras ou o fecho provisório de atividades económicas não essenciais.

O confinamento foi inicialmente aprovado por duas semanas, às quais foram acrescentadas mais duas, a partir de 29 de março e até 11 deste mês, no sábado.

Apesar do agravamento da evolução nos últimos dois dias, as autoridades sanitárias espanholas estão convencidas de que o pico da pandemia foi já alcançado, mas alertam para a necessidade de consolidar a tendência de descida detetada.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto de covid-19 espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 772 mil infetados e mais de 61 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 15.238 mortos, entre 152.446 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 14.817 mortos, são o que contabiliza mais infetados (432.132).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.856 casos e regista 3.335 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 63 novos casos, 61 dos quais oriundos do exterior, e duas mortes.

Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 10.328 mortos (109.069 casos), Reino Unido, 7.097 mortos (60.733 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 2.107 mortes (108.202 casos).

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