Um estudo realizado pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos e enviado à Casa Branca refuta a teoria de que a propagação do novo coronavírus poderá vir a desacelerar dentro em breve, com a chegada do verão ao hemisfério norte do planeta.
O documento refere que, após analisar vários fatores, não foi detetada qualquer prova conclusiva que aponte para que o calor e a humidade possam vir a travar a pandemia de Covid-19, ao contrário daquilo que tem vindo a ser veiculado.
"Tendo em conta os dados atuais, acreditamos que a pandemia não irá, provavelmente, diminuir no verão, e devemos ser cuidadosos ao não basear políticas e estratégias em torno da esperança de que isso irá acontecer", pode ler-se.
O estudo sublinha que, "dado que países atualmente em clima de verão, como a Austrália e o Irão, estão a viver uma rápida propagação do vírus, não deverá ser assumido que existirá uma redução no número de casos com o aumento da humidade e das temperaturas".
"Existiram dez pandemias de influenza no espaço de mais de 250 anos. Duas começaram no inverno do hemisfério norte, três na primavera, duas no verão e três no outono. Todas tiveram um pico de segunda vaga, aproximadamente, seis meses após a emergência do vírus na população humana, independentemente de quando ocorreu a introdução", completa.