O porta-voz do gabinete político dos talibãs, Suhail Shaheen, afirmou num 'tweet' que os primeiros prisioneiros do Governo vão ser entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha na província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
Os talibãs, afastados do poder em 2001 na sequência de invasão militar liderada pelos Estados Unidos, assinaram, em Doha, no Qatar, em finais de fevereiro, um acordo com os Estados Unidos para conversações de paz com o Governo afegão e um eventual cessar-fogo com retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão.
O acordo determina que o governo liberte 5.000 prisioneiros talibãs em troca de 1.000 funcionários do governo detidos pelos talibãs.
O Governo afegão já libertou 100 prisioneiros talibãs na semana passada.
Segundo o porta-voz do escritório do Conselheiro de Segurança Nacional do Afeganistão, Jawed Faisal, o Governo já libertou um total de 300 prisioneiros talibãs que estavam sob a sua custódia do Governo.
As trocas de prisioneiros, segundo a agência noticiosa AP, ocorreram depois de os representantes dos talibãs se terem reunido com o chefe das forças norte-americanas no Afeganistão para pedir o fim do que dizem ser um aumento de ataques americanos desde que o acordo de paz foi assinado, alegações negadas pelos militares dos EUA.
No sábado, sob condição de anonimato, um porta-voz militar dos EUA pediu aos representantes dos talibãs que parassem de atacar as forças de segurança afegãs.
Mas os talibãs dizem que reduziram os ataques às forças afegãs e não atacaram as tropas dos EUA ou da NATO desde que o acordo foi assinado em 29 de fevereiro, e que a maioria dos recentes ataques foram contra forças afegãs colocadas em áreas remotas.