O anúncio foi feito hoje aos jornalistas pelo chefe de operações da CVV, Hernán Bongioanni, na receção de parte do material, cujo envio foi organizado pela Cruz Vermelha do Panamá.
Segundo Hernán Bongioanni, o apoio humanitário é composto por 'kits' de esterilização e de higiene, geradores elétricos, bidões e pastilhas para purificação de água, que vão ser distribuídos pelos diferentes hospitais venezuelanos.
Por outro lado, vão ser ainda distribuídos materiais de proteção pessoal aos membros e voluntários da CVV.
"A nossa prioridade é atender ao nosso papel de auxiliares dos poderes públicos, quanto à prevenção e atenção primária em saúde, nos hospitais e ambulatórios", precisou.
Hernán Bongioanni explicou, ainda, que a CVV vai também dar prioridade às regiões fronteiriças (com a Colômbia) de Zúlia e San António de Táchira, onde já atenderam mais de 2.000 pessoas.
Às centenas de venezuelanos que nas últimas duas semanas regressaram ao seu país, por via terrestre, desde a Colômbia, recomendou que sigam as indicações das autoridades e façam os testes para detetar possíveis infeções com coronavírus.
A CVV estima que 40.000 pessoas vão ser beneficiadas com a nova ajuda humanitária.
A Venezuela tem oficialmente 181 casos confirmados de contágio e nove mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo tomar "decisões drásticas" para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias, e prolongado por igual período.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os 24 estados do país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.