Covid-19: Primeiros dois doentes infetados em Angola já foram para casa

Dois dos 19 doentes infetados com covid-19 que foram até ao momento registados em Angola tiveram alta e foram já para casa, informou hoje o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

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Lusa
16/04/2020 21:04 ‧ 16/04/2020 por Lusa

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Pandemia

 

No ponto de situação diário sobre a situação da covid-19 em Angola, o secretário de Estado adiantou igualmente que este foi o oitavo dia consecutivo em que não foram registados novos casos.

Entre os 19 infetados com o novo coronavírus, duas pessoas morreram, cinco recuperaram, incluindo as duas que já tiveram alta, e doze outros doentes permanecem ativos e estão a ser acompanhados.

Dezoito destes doentes são angolanos e um é sul-africano e todos viajaram para Angola a partir de países com circulação comunitária do vírus, maioritariamente de Portugal.

Todos os casos são relativos a residentes na província de Luanda, registando a área de Belas o maior número de casos (9), seguindo-se Maianga (3), Viana (3) e Talatona, Sambizanga, Ingombota e Kilamba Kiaxi, todas com um caso.

Franco Mufinda afirmou que o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) não registou denúncias, mas foram reportados cinco alertas que foram investigados e "totalmente descartados".

Com os cinco mil testes rápidos que chegaram de Portugal na quarta-feira, foi hoje iniciado um estudo "em 200 sujeitos" que será comparado com um teste confirmatório, para validação.

Os aparelhos já foram distribuídos por 15 províncias e o objetivo, segundo Franco Mufinda é distribuir "estes recursos" por todo o território.

"Na próxima semana iremos em busca de casos na comunidade", disse ainda o governante, sublinhando que vão ser feitos estudos aleatórios.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 140 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

Por regiões, a Europa somava hoje 92.900 mortos (mais de um milhão de casos), Estados Unidos e Canadá 32.600 mortos (669.545 casos), a Ásia 5.369 mortos (151.423 casos), o Médio Oriente 5.253 mortos (112.377 casos), a América Latina e Caribe 3.669 mortos (79.862 casos), a África 910 mortos (17.293 casos) e a Oceânia 79 mortos (7.694 casos).

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