Anthony Costello, professor na International Child Health e diretor do UCL Institute para a Saúde Global, apontou, esta sexta-feira, o dedo à forma como o Reino Unido lidou com a pandemia, que provocou até agora 108.692 casos confirmados de infeção e 14.576 mortes no país.
O especialista em saúde pública lamentou que tantos "erros" tenham sido cometidos neste processo, o que levou a que o Reino Unido tenha, neste momento, "provavelmente, um dos mais elevados índices de mortalidade da Europa".
"Temos de encarar a realidade de que fomos demasiado lentos numa variedade de aspetos, mas podemos certificar-nos de que, na segunda vaga, não seremos assim tão lentos", afirmou, em declarações reproduzidas pela Reuters.
"As recentes estimativas, mesmo do gabinete dos responsáveis científicos, apontam para que, depois desta vaga, que poderá causar 40 mil mortes até terminar, talvez tenhamos apenas 10% ou 15% da população infetada ou imune", acrescentou.
Nesse sentido, Anthony Costello sublinhou que serão precisas, "talvez, mais cinco ou seis vagas" da pandemia para que a teoria da "imunidade de grupo" prevaleça e cerca de "60%" da população desenvolva anticorpos ao novo coronavírus.