Número de mortes na China é "bem mais elevado" do que balanço oficial

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que o número de mortes devido ao novo coronavírus na China, onde começou a pandemia, em dezembro de 2019, é "bem mais elevado" do que o balanço oficial.

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© Getty Images

Lusa
17/04/2020 18:51 ‧ 17/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A China acaba de anunciar o dobro do número de mortos causado pelo inimigo invisível. E é bem mais elevado do que era e bem mais elevado do que nos Estados Unidos", afirmou Trump numa mensagem no Twitter.

As declarações de Trump surgem depois de as autoridades da cidade de Wuhan, onde o vírus surgiu, terem revisto o balanço do número de vítima mortais na China, elevando-o para 4.632. Os Estados Unidos contabilizaram até agora mais de 33.000 mortos.

Em Wuhan, as autoridades locais reviram hoje em alta um aumento de 50% no número de vítimas mortais, ao anunciar 1.290 óbitos suplementares, elevando para 4.632 o total de mortes, pelo que não se trata do dobro como foi avançado por Trump.

Num comunicado, o executivo de Wuhan explicou que, no auge da epidemia, alguns pacientes acabaram por morrer em casa, face à impossibilidade de serem assistidos nos hospitais locais, pelo que só agora as estatísticas oficiais, que apenas tinham contabilizados os óbitos nas unidades de saúde, os incluíram no balanço.

Colocada em causa por vários dirigentes ocidentais, sobretudo por Trump, face à atitude de Pequim face à pandemia de covid-19, a China rejeitou ter "dissimulado" a epidemia.

A administração Trump tem acusado o regime comunista chinês de ter "dissimulado" a gravidade da pandemia.

Pequim anunciou, entretanto, ter dado início a um "inquérito exaustivo" para determinar a origem da covid-19, afirmando acreditar na tese de que poderá ter vindo de um laboratório em Wuhan e não de um mercado de animais exóticos, como geralmente tem sido admitido até hoje.

 Seguindo os passos dos Estados Unidos, o Presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a pôr em causa a transparência de Pequim.

"Há manifestamente coisas que se passaram que nós não sabemos", afirmou.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

 

 

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