"O acordo tem os mesmos termos. Foi só prolongado por mais 30 dias. Irá assegurar que continuamos a enviar e receber bens essenciais e serviços através da fronteira", disse Justin Trudeau, citado pela Associated Press (AP).
O governante canadiano afirmou ainda que o prolongamento do fecho irá manter as pessoas seguras dos dois lados da fronteira durante a pandemia.
Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha dito que a fronteira entre o seu país e o Canadá iria ser das primeiras a abrir, e que os dois países estão a lidar bem com a pandemia.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (37.079) e mais casos de infeção confirmados (mais de 706 mil).
Os dois países acordaram, em março, limitar o atravessamento de fronteiras a viagens essenciais devido à pandemia, mas esse acordo iria expirar na próxima semana.
Em tempos normais, cerca de 200 mil pessoas atravessam diariamente a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, a maior do mundo entre dois países.
Motoristas de camiões e canadianos que vivam nos Estados Unidos durante uma parte do ano estão entre as pessoas com autorização para atravessar a fronteira, bem como trabalhadores do setor da saúde e funcionários de companhias aéreas.
Os motoristas abastecem lojas de mercearia e bens sanitários dos dois lados da fronteira, e muito do abastecimento de comida do Canadá tem origem ou passa pelos Estados Unidos.
O Canadá envia para os Estados Unidos 75% das suas exportações, ao passo que 18% das exportações norte-americanas têm como destino o Canadá.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 154 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 497 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Por regiões, a Europa soma mais de 97 mil mortos (mais de 1,1 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 38 mil mortos (mais de 738 mil casos), a Ásia mais de seis mil mortos (mais de 158 mil casos), o Médio Oriente mais de cinco mil mortos (mais de 119 mil casos), a América Latina e Caribe mais de quatro mil mortos (mais de 91 mil casos), África mais de mil mortos (mais de 19 mil casos) e a Oceânia mais de 80 mortos (mais de sete mil casos).