Numa altura em que o exemplo americano é o mais noticiado, no que diz respeito à relação entre chefe de estado e jornalistas, eis que a primeira-ministra da Nova Zelândia vem dar um novo tom à interação com os profissionais da comunicação social.
Jacinda Ardern estava numa conferência de imprensa sobre a pandemia do SARS-CoV-2 no país, na semana passada, quando passou a palavra ao jornalista Jason Walls, do New Zealand Herald, e este parece ter-se esquecido da pergunta. “Desculpe, não tem importância”, disse.
A governante riu-se e tranquilizou-o. “Não há problema, já voltamos a ti. Mas, neste momento, preocupo-me com o que tens dormido, Jason”, acrescentou.
Alguns dos jornalistas presentes, como Joyce Karam, correspondente de um jornal dos Emirados Árabes Unidos, partilharam o momento nas redes sociais, onde já conta com milhares de visualizações.
Jacinda Ardern é elogiada pelo seu civismo e humildade, sublinhando-se de imediato o drástico contraste para com o comportamento do presidente dos Estados Unidos, que insulta os jornalistas em direto e não responde às perguntas - hábito que mantém há vários anos.
A Nova Zelândia, recorde-se, contabiliza pouco mais de 1.400 casos de infeção e 12 mortes em resultado da doença Covid-19, de acordo com os últimos números da Universidade Johns Hopkins.