Conselheiro de Trump alerta para risco de fim rápido de confinamento
O principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, criticou hoje aqueles que estão a apoiar o Presidente Donald Trump no apelo a um fim rápido das medidas de contenção, por causa da pandemia de covid-19.
© REUTERS/Leah Millis
Mundo EUA
Em vários estados norte-americanos, ao longo dos últimos dias, milhares de pessoas manifestaram-se a favor da reabertura rápida da economia dos Estados Unidos, apoiando os pedidos feitos por Trump para que os governadores iniciem o fim das medidas de contenção e pedindo a demissão de Fauci, por este especialista contrariar esses apelos.
Hoje, Anthony Fauci, que tem sido um dos principais conselheiros de Trump no combate à pandemia, alertou para os riscos de um regresso demasiado rápido a situações anteriores às medidas de confinamento e de distanciamento social.
"A menos que controlemos o vírus, a recuperação económica real não irá acontecer", disse hoje Anthony Fauci, numa entrevista a um programa televisivo matinal, referindo-se aos argumentos da necessidade urgente de reabertura da economia.
Fauci disse mesmo que um fim excessivamente rápido das medidas de contenção poderá ter efeitos contraproducentes, prejudicando a recuperação económica, por falta de confiança dos consumidores.
O especialista diz que as pessoas estão a atribuir ao vírus a responsabilidade por problemas económicos que não podem ser atribuídos à pandemia, repetindo as críticas que tem feito sobre as medidas políticas de terminar de forma abrupta as medidas de contenção.
Nos Estados Unidos registaram-se até agora mais de 750.000 casos de contaminação com covid-19 e morreram mais de 40.000 pessoas.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
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