O país do sudeste asiático conseguiu inicialmente conter a disseminação do novo coronavírus, graças a uma estratégia muito rígida de controlo e rastreamento dos contactos com as pessoas contaminadas.
Entretanto, está a enfrentar uma segunda onda desde o início de abril, proveniente principalmente dos alojamentos onde os trabalhadores imigrantes são acomodados.
"Muitos de vocês ficarão dececionados com a extensão", disse o primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, num discurso transmitido pela televisão, reconhecendo que muitas empresas e trabalhadores foram "severamente afetados" pelas medidas.
"Mas espero que entendam que essa dor de curta duração tem como objetivo eliminar o vírus, proteger a saúde e a segurança de nossos entes queridos e nos permitir mudar nossa economia", complementou.
As autoridades de saúde de Singapura registaram 1.111 novos casos de covid-19 na terça-feira, elevando o total de infetados para 9.125 e o de mortos para 11.
O encerramento de escolas e empresas não essenciais e o confinamento de moradores em suas casas, que começou no início de abril, estava programado terminar em 04 de maio.
O confinamento durará pelo menos até 01 de junho e foi reforçado, com a prática desportiva agora autorizada apenas individualmente e não em grupo.
O número de novos casos aumentou em todo o país após a realização de testes em alojamentos onde os trabalhadores imigrantes vivem, geralmente em condições insalubres.
Singapura tem cerca de 200.000 trabalhadores imigrantes a trabalhar no setor da construção, provenientes principalmente do sul da Ásia.
O primeiro-ministro anunciou que mais recursos, inclusive médicos, serão destinados aos imigrantes.