Encerradas desde meados de março, no contexto das medidas adotadas para conter a propagação do novo coronavírus (covid-19), as escolas primárias vão reabrir "a tempo parcial", indicou o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, em conferência de imprensa.
Segundo o NL Times, 'site' informativo holandês em língua inglesa, as escolas secundárias só deverão reabrir em junho.
No que diz respeito ao ensino básico, caberá às escolas decidir como organizar o tempo em que estarão parcialmente abertas, caso a caso.
Os alunos, professores e outro pessoal educativo que tenham problemas de saúde devem manter-se em casa, frisou o primeiro-ministro, sugerindo que os testes ao vírus deverão ser alargados às escolas que reabrirem.
Citado pelo NL Times, o primeiro-ministro realçou que, embora a distância de segurança não seja "realista" de aplicar a crianças tão pequenas, "todos os dados mostram que as crianças pequenas têm menor probabilidade de serem infetadas e que o risco deste grupo é pequeno".
O chefe de Governo disse ainda que a decisão pretende facilitar a vida dos pais e das mães de crianças pequenas.
A proibição do desporto organizado e dos negócios presenciais mantém-se até dia 20 de maio e todos os grandes eventos estão cancelados até 01 de setembro.
Rutte avisou que as restrições deverão ser aliviadas e apertadas uma em cada três a quatro semanas.
Das 34 mil pessoas que testaram positivo para covid-19 nos Países Baixos, apenas 124 têm menos de 14 anos. O país registou um total de perto de quatro mil mortos.
Segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou, globalmente, mais de 172.500 mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.