A pandemia levou a que a larga maioria dos países de todo o mundo se vissem obrigados a tomar medidas de confinamento, retirando as pessoas das ruas, que, por sua vez, ficaram à disposição... dos animais, entre eles, ratazanas.
Segundo reporta o jornal La Nación, algumas das mais populosas cidades da Argentina, entre como é o caso da capital, Buenos Aires, têm vindo a registar, nas últimas semanas, um aumento no número de roedores que vão aparecendo nos espaços públicos.
A publicação cita fonte do Ministério do Espaço Público e da Higiene Urbana, que admite que este fenómeno possa ser resultado do facto de os cidadãos terem vindo a cumprir o isolamento social que foi decretado pelas autoridades.
Marcelo Kacanas, responsável por uma das maiores empresas de desinfestação de Buenos Aires, também confessa que tem vindo a notar "um aumento significativo na requisição de serviços" desde o início da quarentena.
"Talvez as ratazanas tenham tido de se adaptar rapidamente a uma outra estratégia de procura de alimentos, uma vez que não podem contar com as fontes diretas derivadas dos resíduos que deixam restaurantes e outros estabelecimentos onde vendem alimentos", afirmou.
Mirta Bozzani, residente na região de Palermo Viejo há já 28 anos, relata, inclusive, uma experiência pela qual já passou: "Encontrei uma numa sapatilha. Para minha tranquilidade, não era grande, ainda que tivesse uma cauda enorme. Após várias tentativas falhadas, consegui capturá-la, mas mordeu-me um dedo".