Venezuela "ocupa" empresa e ordena venda supervisionada de outras três

O Governo venezuelano decretou hoje a "ocupação temporária" da empresa Coposa, fabricante de margarina e óleo, e ordenou a venda supervisionada dos produtos da Polar, a maior produtora privada de alimentos, dos fiambres Plumore e do Açougue de Turmero.

Notícia

© Reuters

Lusa
25/04/2020 ‧ 25/04/2020 por Lusa

Mundo

Venezuela

A decisão do Executivo, que vai vigorar por 180 dias, foi anunciada pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, através da televisão estatal, e foi ordenada pelo Presidente, Nicolás Maduro.

"Estas empresas estavam-se a converter em marcadores referenciais [de preços] especulativos, que estão afetando o povo em geral", disse.

Segundo Delcy Rodríguez, a venda supervisionada tem como propósito preservar e respeitar os preços justos dos produtos e preservar os níveis de abastecimento no país.

Por outro lado, precisou que, no caso da Coposa, a "ocupação temporária" tem como propósito "garantir a produção".

O anúncio tem lugar depois de nas últimas três semanas os preços dos produtos aumentarem significativamente de preço, uma subida que a população associa à perda de valor do bolívar, a moeda venezuelana, perante o dólar norte-americano.

Há um mês o dólar cotava-se oficialmente em 70.000 bolívares soberanos e hoje em 171.072 bolívares soberanos.

Nas últimas semanas, vários dirigentes socialistas, entre eles o presidente da Assembleia Constituinte, tido como o segundo homem mais forte do chavismo depois de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, criticou várias vezes, através da televisão estatal, o proprietário de Empresas Polar, Lorenzo Mendoza.

Depois de insinuar que o Empresas Polar era um foco de contágio da covid-19, Diosdado Cabello advertiu, quarta-feira, os empresários do país que "não abusem do povo".

O Empresas Polar, o maior grupo privado do país, produz produtos básicos, de higiene e de grande consumo doméstico, entre eles, arroz, massa, açúcar, margarina, farinha de milho, óleo, atum em lata, vinagre, tomate ketchup, sumos, queijos fundidos, maioneses, aveia, chocolate em pó e marmeladas, bem como bebidas, como refrigerantes, vinhos, cervejas e à base de malte.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas