No total, segundo dados apurados pelo Laboratório Nacional da Saúde Pública (Inasa) da Guiné-Bissau, a doença afetou diretamente mais de 160 mil guineenses.
Os dados foram apresentados numa comunicação feita por Agostinho Ndumba no âmbito do dia mundial de luta contra a doença, também conhecida por paludismo, que hoje se assinala.
"Apesar das melhoras registadas no domínio da prevenção, diagnóstico e tratamento, o paludismo continua a figurar na lista de preocupações no domínio da saúde pública" na Guiné-Bissau, notou Agostinho Ndumba.
O responsável apelou aos guineenses para dormirem debaixo de mosquiteiros impregnados com inseticida, sobretudo as crianças com menos de cinco anos, salientando que a doença "é a principal causa de mortalidade naquela faixa etária".
A malária é igualmente uma das principais causas de doença em mulheres grávidas, sublinhou Agostinho Ndumba, acrescentando que a Guiné-Bissau "é um país endémico", já que 22% de consultas médicas externas são derivadas daquela doença.
Apesar da sua gravidade, o diretor-geral da Prevenção e Promoção da Saúde Pública guineense considerou que a malária é uma "doença evitável e tratável", desde que haja recursos à disposição das autoridades sanitárias.
Agostinho Ndumba afirmou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus fez com que este ano não sejam realizadas atividades para assinalar o dia mundial de luta contra a malária, mas exortou a população a respeitar as orientações para evitar a covid-19, ao mesmo tempo que se previne contra o paludismo.