Praias da Califórnia lotadas quando EUA se aproximam de milhão de casos

Várias praias da costa californiana ficaram hoje lotadas após o levantamento de algumas restrições impostas por causa da covid-19, numa altura em que os Estados Unidos se aproximam do milhão de contágios do novo coronavírus.

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Lusa
26/04/2020 21:33 ‧ 26/04/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Apesar de as recomendações de confinamento continuarem em vigor na Califórnia e noutros estados norte-americanos, inúmeras praias estão a encher-se desde sexta-feira com milhares de banhistas, situação que se repetiu hoje na sequência da onda de calor que está a assolar a região californiana.

Segundo a imprensa local, mais de 40 mil pessoas estiveram sábado na praia de Newport (condado de Orange, no sul da Califórnia), número que pode hoje ter sido ultrapassado, depois de as autoridades locais terem decidido reabrir algumas zonas ao ar livre.

Em contraste, as praias do condado de Los Angeles, entre elas a do famoso passeio de Santa Mónica e de Venice, permaneceram vazias por causa da intransigência das autoridades no abrandamento ou levantamento das medidas restritivas.

O 'mayor' de Los Angeles, Eric Garcetti, advertiu hoje, numa mensagem no Twitter, para uma eventual proibição do acesso às praias.

"Não vamos permitir que um fim de semana estrague um mês de progresso. Apesar do sol ser tentador, temos de continuar em casa para salvar vidas", frisou.

Os contrastes ocorrem numa altura em que os Estados Unidos, o país mais afetado com a pandemia do novo coronavírus em termos absolutos, se aproxima do milhão de casos confirmados, depois de, até hoje, terem sido contabilizados 954.182 infetados e 54.573 óbitos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

 

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