"A pandemia está longe de ter acabado", destaca a OMS

A Organização Mundial de Saúde mostrou-se preocupada com as tendências de aumento de casos de Covid-19 em África, no leste da Europa, na América Latina e em alguns países asiáticos. Agradeceu o recente contributo de Portugal para o segundo plano de resposta à pandemia.

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© Reuters/Denis Balibouse

Fábio Nunes
27/04/2020 18:44 ‧ 27/04/2020 por Fábio Nunes

Mundo

Coronavírus

Numa fase em que muitos países estão a aligeirar ou a levantar as medidas de restrição impostas no combate à pandemia de Covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, sublinhou esta segunda-feira, na conferência de imprensa diária, que a batalha contra o coronavírus está longe do fim.

“Com as quarentenas na Europa a serem aligeiradas face aos números decrescentes de novos casos de Covid-19, continuamos a instar aos países para procurarem, isolarem, testarem e tratarem todos os casos e encontrarem todos os contactos, para assegurarem que as tendências de decrescimento continuam”, sublinhou o responsável da OMS.

“A pandemia está longe de ter acabado. A OMS continua a estar preocupada com as crescentes tendências em África, no leste da Europa, na América Latina e em alguns países asiáticos. Como em todas as regiões, há uma subnotificação de casos e mortes em muitos países destas regiões por causa da baixa capacidade de testes”, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelando mais uma vez à união dos países.

“O vírus não será derrotado se não estivermos unidos. Se não estivermos unidos, o vírus vai explorar as fissuras entre nós e vai continuar a criar caos. Vão perder-se vidas”, afiançou.

Portugal foi alvo de uma menção do diretor-geral nesta conferência de imprensa, que agradeceu a recente contribuição financeira portuguesa, mas também da China e do Vietname, para o segundo plano estratégico de resposta da OMS, que vai ser lançado no final desta semana.

Tedros Adhanom Ghebreyesus relembrou ainda a importância das campanhas de vacinação, nomeadamente para as crianças. O diretor-geral da OMS realçou que anualmente há mais de 13 milhões de crianças que não são vacinadas.

“Sabemos que esse número vai aumentar por causa da Covid-19”, referiu, antes de dizer que se “a cobertura de vacinações cair”, mais surtos vão ocorrer, incluindo de doenças fatais como o sarampo e a poliomielite.

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