Covid-19: Oposição na Rússia realiza ação de protesto online
A oposição russa organizou hoje uma ação de protesto 'online', entre problemas técnicos, para reclamar mais apoios do Governo para o combate ao novo coronavírus.
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Mundo Rússia
Difundida através do canal YouTube, a ação - que teve um máximo de cinco mil espetadores em simultâneo - incluiu intervenções de opositores, especialistas e agentes da sociedade civil, todos a partir de suas casas. O rapper russo Noize MC interpretou várias músicas.
A ação digital foi organizada pelo movimento 'Net!' (Não!), que se opõe à reforma constitucional apresentada pelo Presidente Vladimir Putin, que lhe permite efetuar mais dois mandatos.
Putin "transformou-se num ditador envelhecido que se agarra desesperadamente ao poder", atirou o jornalista e deputado municipal (da oposição) Ilia Azar, um dos organizadores do protesto.
Esta iniciativa digital resultou da busca por um outro formato, para além de "declarações, cartas abertas e petições", que pudesse ser usado em contexto de confinamento social para conter a propagação da covid-19, disse Ilia Azar à agência de notícias AFP.
Porém, a tentativa ficou marcada por problemas técnicos e pela fraca qualidade de difusão.
Os participantes no protesto reivindicaram mais recursos e meios para o setor da saúde, nomeadamente na capital, Moscovo, onde se encontra o principal foco de pandemia de covid-19, que já contaminou 93.558 pessoas e causou 867 mortos.
Putin disse hoje que o pico da epidemia ainda não foi atingido, mas apontou um levantamento progressivo do confinamento a partir do dia 12 de maio.
Segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou, globalmente, cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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