Segundo o comité dedicado à covid-19 do Ministério da Saúde iemenita, cinco novos casos de pessoas infetadas foram identificados na cidade de Aden (sul), registando no total seis casos em todo o país.
Entre essas pessoas infetadas, duas morreram, segundo o ministro da Saúde iemenita, Nasser Baoum, na noite de quarta-feira num canal de televisão local.
Os testes foram realizados duas vezes nos pacientes infetados, sempre com resultado positivo.
Isolado devido ao conflito entre o Governo - apoiado por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita - e os rebeldes Huthis, apoiados principalmente pelo Irão, o Iémen parece ter sido até agora poupado pela pandemia que matou mais de 224.000 pessoas em todo o mundo.
As organizações humanitárias temem uma catástrofe se o vírus se espalhar pelo país, o mais pobre da península arábica e onde a guerra acabou com um sistema de saúde já em falência.
Desde a intervenção da coligação em 2015, o conflito matou dezenas de milhares de pessoas, principalmente civis, segundo as ONG, e causou a pior crise humanitária do mundo, com 24 milhões de iemenitas - mais de 80% da população - dependente da ajuda humanitária, de acordo com a ONU.
Mais de três milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito, muitas delas em campos particularmente em risco de propagação de doenças como malária e cólera.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.