"O número de mortes por esta doença ultrapassou os 6.000 hoje", disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, durante a sua comunicação diária televisionada.
"Considerando que perdemos 71 de nossos concidadãos nas últimas 24 horas, um total de 6.028 pessoas com covid-19 morreram até ao momento", acrescentou.
Segundo o porta-voz, 983 novos casos foram detetados nas últimas 24 horas, elevando o número total de pessoas que contraíram a doença para 94.640, das quais mais de 75.100 se recuperaram após a hospitalização. Cerca de 2.976 ainda estão em estado crítico.
No estrangeiro, mas também dentro do país, alguns suspeitam que os números oficiais estejam em grande parte subestimados.
O ministro da Saúde iraniano, Said Namaki, criticou alguns iranianos por não levarem a sério a epidemia.
"Vocês acham que a situação está normal", acusou o ministro num discurso na televisão.
"É verdade que tivemos resultados muito bons no auge da crise económica, que o número de mortes (diárias) caiu abaixo de 100 e que as hospitalizações atingiram um nível mínimo, mas isso não significa dizer que acabamos com o vírus", declarou, acrescentando que o Irão deve se preparar para uma "onda simultânea de covid-19 e gripe" no outono e inverno.
O Irão, cuja economia foi estrangulada pelas sanções dos EUA e mais enfraquecida pelo vírus, autorizou uma reabertura gradual dos negócios desde 11 de abril e suspendeu as restrições às viagens internas que haviam sido implementadas para combater a propagação da doença de Covid-19.
Escolas, universidades, mesquitas, santuários xiitas, cinemas, estádios e outros locais de encontro permaneceram fechados em todo o país, que vive desde sábado o ramadão, o mês do sagrado jejum muçulmano.
Segundo Namaki, o seu ministério está a desenvolver um protocolo para a retomada das orações em grupo, especialmente as de sexta-feira, em cidades que receberão a luz verde das autoridades, mas não especificou quais.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou cerca de 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.