Mais de um ano após o início da ofensiva do marechal Khalifa Haftar, um homem forte do leste da Líbia, contra a capital Tripoli, sede do Governo da União Nacional (GNA), os combates continuam no sul.
Este conflito já provocou centenas de mortos e mais de 200.000 deslocados no país onde, hoje, dois civis foram mortos e outros dois feridos no distrito de Zenata, ao sul de Tripoli, segundo Amin al-Hachmi, porta-voz do Ministério da Saúde da GNA.
As forças pró-GNA atribuíram o ataque aos homens de Khalifa Haftar.
O apelo lançado pela ONU, num comunicado publicado quinta-feira à noite, acontece um dia depois do anúncio feito pelo marechal de uma trégua unilateral que foi rejeitada pelo GNA, reconhecido pela ONU.
O GNA quer que qualquer trégua seja acompanhada de "garantias e mecanismos internacionais" para monitorar a sua aplicação.
E, para esse fim, pede a retomada do trabalho da Comissão Militar, responsável por definir as condições de um cessar-fogo e monitorar a sua implementação, sob a supervisão do Manul.
O trabalho desta comissão -- apelidada de 5+5 porque era composto por cinco oficiais militares de cada campo - foi suspenso após uma segunda reunião em fevereiro, igualmente em Genebra.
Na nota, a missão da ONU instou os dois campos a "retomar as negociações com a Comissão Militar por videoconferência, se necessário, para alcançar um cessar-fogo duradouro".
Além disso pediu que "todas as partes se abstenham de qualquer ato ou palavras provocantes que possam ameaçar as perspectivas de uma trégua".