Há vários registos, nos Estados Unidos, de casais mais velhos que morrem em sucessão por causa da infeção causada pelo novo coronavírus, uma realidade com muito impacto nas famílias, segundo reporta o New York Times.
O jornal norte-americano expõe o caso de Maranda Lender, de 32 anos de idade, natural de Lewisberry, no estado da Pensilvânia. Filha única, viveu a maior parte da vida apenas com os pais [na imagem acima, em 2006, na festa de licenciatura]. Perdeu ambos no mês passado.
A mãe, Becky Lender, de 61 anos, morreu a 4 de abril e o pai, Brad Lender, de 60, morreu três dias depois, tendo ambos sido diagnosticados com Covid-19.
“Estou sozinha”, disse Maranda à publicação, sendo que também ela ficou infetada com o vírus. Maranda saiu de casa para ir para a faculdade, mas, desde 2014, para poupar dinheiro, mora em casa dos pais.
O New York Times chama a atenção para esta característica cruel do vírus, que entra nas casas de família e infeta toda a gente, “acrescentando ao fardo e às ansiedades dos familiares que não podem cuidar física e emocionalmente dos seus entes queridos ou arriscam eles próprios uma infeção”.
Ainda não existam ainda dados compilados sobre o impacto do vírus em cada agregado familiar, há já várias notícias de casais que morrem em sucessão rápida: um casal no Louisiana, casado há 64 anos, morreu com dez dias de intervalo; um casal de Milwaukee morreu a dois meses de completar 65 anos de casados, com dois dias de diferença ou um casal de Chicago que morreu com horas de intervalo, depois de mais seis décadas de casamento.
Recorde-se que os Estados Unidos, que registaram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais atingido, quer em número de mortos, quer de casos, com 66.385 mortos em 1.133.069 casos. Pelo menos 175.382 pessoas foram declaradas curadas.