Curtis Hougland, proprietário de uma empresa de tecnologia, quer realizar uma vasta campanha de resistência contra a "desinformação de Trump" nos meios de comunicação e nas redes sociais, afirmou num comunicado hoje publicado.
"O Presidente Donald Trump é o mais importante propagador de desinformação nos Estados Unidos", afirmou Hougland.
"As pessoas estão a morrer devido à sua agenda política", sublinhou o empresário, referindo que Trump subestima o risco do vírus.
A sua empresa foi mobilizada no passado para combater operações de propaganda lideradas por russos ou pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
A nova organização, denominada Defeat Disinfo (Vencer a Desinformação), pretende usar "ferramentas sofisticadas para detetar informações falsas ou enganosas" no momento que são divulgadas nas diversas plataformas de comunicação.
Hougland quer também promover informações "verdadeiras" sobre a covid-19 - doença provocada pelo novo coronavírus -, como resposta a mensagens nas redes sociais e outras plataformas identificadas como falsas, com o objetivo de limitar o seu impacto.
A organização atacou primeiramente a controvérsia criada sobre a utilização de desinfetantes, lançada por Donald Trump, que disse que tais produtos tinham potencial de combater a covid-19.
Durante semanas, o Presidente Trump fez regularmente comentários controversos sobre a atual crise sanitária.
O plano de ação da Defeat Disinfo baseia-se na deteção tecnológica e na reação humana.
Os sistemas de inteligência artificial - capazes de analisar linguagens humanas e aprenderem de forma automática -- permitirão "determinar, de maneira previsível, as emoções, temas e mensagens que conduzem um diálogo", bem como identificar "quem foi exposto à desinformação".
A organização de Hougland está a trabalhar para construir uma rede de cerca de 3,4 milhões de "criadores de conteúdo reconhecidos e influenciadores sociais".
O ativista não forneceu detalhes sobre questões de financiamento, explicou apenas que o grupo procura autofinanciar-se através de doações.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 249 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.