Num discurso transmitido pela televisão, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou com efeito imediato a remoção completa das restrições de movimento para os israelitas.
Até então, os israelitas não se podiam deslocar a mais de 100 metros das suas casas, exceto para se deslocarem para o trabalho, supermercado, hospital ou farmácia.
As visitas de familiares aos avós, que foram proibidas desde o início de março, também serão permitidas novamente, anunciou o primeiro-ministro.
Os centros comerciais e mercados ao ar livre poderão reabrir na quinta-feira, mas sujeitos a restrições sanitárias.
Israel, que tem uma população de aproximadamente nove milhões de pessoas, anunciou o seu primeiro caso do novo coronavírus em 21 de fevereiro e desde então registou oficialmente 16.246 casos, com 235 mortes.
Segundo dados oficiais, mais de 10.000 das pessoas infetadas pelo vírus recuperaram. Nos últimos dias, foi observada uma queda significativa no número de novos casos.
"Alcançámos um grande sucesso", disse Netanyahu, que afirmou, apoiado em números, que Israel estava entre os países desenvolvidos com o menor número per capita de vítimas do novo coronavírus.
Agora, até 20 pessoas poderão reunir-se e as restrições às reuniões podem ser completamente levantadas em 14 de junho, se a pandemia continuar sob controlo, mas a exigência de manter dois metros entre cada pessoa e usar uma máscara pode ser mantida, disse Netanyahu.
Após a abertura de escolas primárias no domingo, os jardins de infância serão reabertos em 10 de maio e todo o sistema educacional deverá ser reaberto em meados de junho, segundo Netanyahu.
Os centros desportivos devem reabrir em breve e as atividades náuticas e desportivas também serão retomadas, segundo o primeiro-ministro.
Netanyahu alertou, no entanto, que o alívio poderia ser suspenso se a tendência favorável dos últimos dias for interrompida e a propagação do vírus continuar no país.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 249 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.