Centena de casos de Covid-19 em prisão no Congo alarma Governo

O Governo da República Democrática do Congo receou hoje uma "propagação em grande escala" da epidemia de covid-19 após o registo de cerca de 100 casos numa prisão militar em Kinshasa, segundo um relatório do Conselho de Ministros.

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Lusa
05/05/2020 14:34 ‧ 05/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A contaminação ao nível das prisões é suscetível de ser um fator de propagação em grande escala na nossa sociedade, especialmente a prisão de Makala, devido à sua sobrelotação", alertou o Conselho de Ministros.

Com o aparecimento de casos de covid-19 na prisão militar de Ndolo, "o risco de uma propagação fulminante, devido à promiscuidade, não deve ser excluído", lê-se no relatório divulgado hoje pela agência AFP.

Nesta prisão, situada a norte de Kinshasa, foram diagnosticados 101 casos de covid-19.

Destes casos, 92 são "benignos ou suaves". Os restantes três estão a ser tratados fora da prisão, em ambiente hospitalar, refere o último boletim sobre a evolução da pandemia, publicado hoje.

De acordo com estatísticas recentes, não foi registado qualquer caso de covid-19 em Makala, a grande prisão de Kinshasa que alberga mais de 8.400 reclusos.

De acordo com a ata do Conselho de Ministros, o relatório da equipa responsável pela resposta contra o novo coronavírus "constata o risco cada vez maior desta epidemia que causa mais danos entre a população".

O primeiro caso de coronavírus foi registado em 10 de março, em Kinshasa, num cidadão congolês residente em França, vindo de Bruxelas.

Desde então, "o total acumulado é de 705 casos confirmados". No total, registaram-se 34 mortes e 90 pessoas curadas.

"A epidemia importada terminou. As contaminações observadas são locais. O temido crescimento exponencial não se verificou, a contenção do Gombe deu bons resultados", indica-se no documento.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

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