Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, afirmou que esses casos, anteriores à data em que a China relatou os primeiros casos da doença, podem facultar informação importante no estudo do vírus.
"Seria de grande importância que todos os países com casos não especificados de pneumonia em dezembro, ou mesmo em novembro, realizassem testes, e alguns já o fazem", disse o porta-voz.
Esta posição da organização surge depois de relatórios médicos da França e dos Estados Unidos terem identificado possíveis casos de covid-19 nesses países desde dezembro.
"Esses casos fornecem uma visão mais clara da pandemia", sublinhou Lindmeier, que considerou essencial que esse tipo de estudos tenha continuidade de forma a "entender melhor o potencial de contágio da covid-19".
O porta-voz explicou ainda que não seria estranho o coronavírus estar fora da China em data tão precoce, "uma vez que os primeiros casos da doença datam do início de dezembro e é possível que alguns dos infetados tenham viajado de Wuhan para outros países".
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Portugal contabiliza 1.074 mortos associados à covid-19 em 25.702 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.