Lares de idosos na base da elevada mortalidade no Reino Unido
O Reino Unido continua a registar um número elevado de mortes, sobretudo em lares de idosos, relacionadas com a pandemia de covid-19, reconheceu hoje o governo britânico.
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Mundo Reino Unido
"Continuamos a ver sinais de um achatamento do pico deste vírus. Mas, como mostram os números, ainda não passou", disse o ministro dos Negócios estrangeiros, Dominic Raab, na conferência de imprensa diária sobre a crise.
O Reino Unido registou mais 693 mortes de pessoas infetadas nas últimas 24 horas, aumentando para 29.427 óbitos no total, tornando-se no país europeu mais afetado ao superar a Itália, que registou até hoje 29.315 óbitos.
Embora os gráficos sugiram que o pico da pandemia no Reino Unido teve lugar no início de abril, a assessora científica do governo Angela McClean referiu que a mortalidade nos hospitais continua a cair, mas aumentou nos lares de idosos na penúltima semana de abril.
"O que mostra é que existe um problema sério que precisamos de resolver sobre o que está a acontecer nos lares de idosos", vincou.
Ambos os responsáveis recusaram comparações com outros países e sugeriram que as estatísticas atuais não permitem ter uma visão completa.
"É uma tragédia enorme numa escala que este país nunca viu", lamentou Raab, que argumentou que só será possível fazer comparações internacionais no final da pandemia, quando for comparada a mortalidade de todas as causas.
A redução "sustentada e consistente" da mortalidade é um dos critérios definidos pelo governo para poder aliviar o confinamento em vigor desde 23 de março, cujo prolongamento o governo vai decidir nos próximos dias.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, vai também fazer uma comunicação esta semana sobre o plano do governo para o futuro, que, segundo documentos divulgados esta semana, prevê a manutenção de medidas de distanciamento social.
Os britânicos, disse Raab hoje, vão ter de se "adaptar a uma nova normalidade onde nós, como sociedade, vamos ter de nos adaptar a novas maneiras seguras de trabalhar, viajar, interagir e de continuar as nossas vidas no dia a dia".
O plano do governo quer garantir que a próxima fase seja mais confortável e sustentável, prometeu Raab, antes de avisar: "Mas não tenhamos ilusões, a próxima fase não vai ser fácil".
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