Áustria mantém controlos nas fronteiras até 31 de maio

A Áustria vai prolongar até 31 de maio os controlos das suas fronteiras com os países vizinhos, todos membros do espaço Schengen de livre circulação, impostos em meados de março para limitar a expansão do novo coronavírus.

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Lusa
06/05/2020 13:20 ‧ 06/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Num novo decreto, o Ministério do Interior do país prolongou os controlos nas fronteiras com a Alemanha, Itália, Suíça, Liechtenstein, República Checa e Eslováquia, que expiravam na quinta-feira.

Também continuará, pelo menos até ao final deste mês, o controlo da fronteira com a Hungria, que entrou em vigor mais tarde.

O controlo nas fronteiras foi uma das primeiras medidas adotadas pelo Governo de conservadores e verdes para impedir a importação de casos de covid-19.

A entrada na Áustria só é possível em algumas passagens fronteiriças e apenas mediante um certificado médico que ateste que a pessoa teve um resultado negativo num teste para o SARS-CoV-2 no máximo quatro dias antes.

A Áustria mantém assim controladas todas as suas fronteiras, incluindo com quatro membros da União Europeia, apesar da recomendação de Bruxelas contra os limites à livre circulação de pessoas e mercadorias no mercado interno.

Após um confinamento parcial de um mês, a Áustria, com 15.684 casos confirmados de contágio pela covid-19, entre os quais 608 mortes e 13.639 recuperados, anunciou na terça-feira ter superado com êxito a primeira fase da reativação da sua economia, iniciada em meados de abril com a reabertura dos estabelecimentos comerciais mais pequenos.

O país, que tem quase nove milhões de habitantes, está agora na segunda fase de reativação, sem restrições ao movimento de cidadãos.

O aumento diário do número de novos contágios na Áustria, que chegou a estar próximo dos 50% quando as medidas de restrição foram impostas no país, situa-se neste momento no nível mínimo de 0,2%.

Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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