Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, comunicou que, se o contágio continuar sob controlo nas próximas três semanas, "esplanadas restaurantes, cafés, cinemas, teatros e salas de concertos poderão abrir, sob certas condições", com limite de clientes e uma "entrevista" telefónica ou um formulário na Internet com perguntas sobre possíveis sintomas relacionados com a covid-19.
O número de pessoas em simultâneo num determinado local não poderá exceder as 30, entre visitantes e funcionários, e as esplanadas poderão ter um máximo de 10 clientes.
Os transportes públicos voltarão a funcionar também a 01 de junho, sendo obrigatório o uso de máscara, e as escolas secundárias reabrirão no dia seguinte (creches, jardins de infância a escolas primárias já estão a funcionar).
Após dois meses de confinamento, "está na hora de relaxar todo o tipo de medidas" adotadas para conter a propagação do coronavírus, defendeu o primeiro-ministro holandês, apelando à "sensatez" da população.
No próximo dia 11 de maio, voltarão a abrir cabeleireiros e outras profissões que exigem contacto com clientes (massagistas, estética e óticas, entre outras), ainda que sob marcação prévia e exigindo aos clientes que demonstrem não ter sintomas de covid-19 (mas não será preciso usar máscara).
Segundo os últimos dados do Instituto de Saúde Pública holandês, registaram-se no país 41.319 infetados confirmados, dos quais 5.204 morreram.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.