Nas informações diárias aos jornalistas, o coordenador do COES, Dionísio Cumba, disse que foi registada mais uma vítima mortal, aumentando para três o número de pessoas que morreram devido à infeção.
O médico guineense, que lidera também o Laboratório Nacional de Saúde Pública, afirmou que foram confirmados mais 47 novos casos, elevando para 641 o número de casos registados no país.
O número de recuperados mantém-se nos 25, adiantou na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença no país, que agora está a ser feita através da plataforma zoom.
Questionado pela Lusa sobre as recomendações que o COES está a fazer ao Governo, tendo em conta que o estado de emergência decretado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, termina segunda-feira, Dionísio Cumba disse que recomendaram a manutenção do estado de emergência e a aplicação de medidas mais restritivas.
"Continuamos a ver muitas pessoas a circular desnecessariamente. Bissau devia ser isolado", afirmou Dionísio Cumba.
A cidade de Bissau, capital do país, é onde foram registados a maior parte de casos de covid-19.
O médico guineense pediu também para ser revista a atribuição de livres trânsito para circulação.
Para fazer face ao novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.
O Presidente guineense poderá prolongar o estado de emergência na segunda-feira devido ao aumento de casos no país.
O número de mortos devido à covid-19 em África subiu hoje para 2.151, em quase 58 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (641 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (230 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (82) e Angola (43 infetados e dois mortos).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 271 mil mortos e infetou quase 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.