O ataque começou ao meio-dia de sábado, na cidade rural de Anzourou, e continuou até à meia-noite, disse Hamado Diaouga, um funcionário local, numa conversa telefónica com a agência noticiosa espanhola.
"Os atacantes, cujo número é desconhecido, chegaram em várias motos e atacaram sucessivamente as aldeias de Gadabo, Zibane Koira Zeina e Zibane Koira Téguio, onde mataram 20 pessoas e destruíram lojas", afirmou.
A fonte acrescentou que os atacantes também roubaram animais e alimentos.
Antes de partirem para a fronteira do Mali, disse Diaouga, os atacantes exigiram que os habitantes abandonassem as suas terras e garantiram-lhes que regressariam no futuro.
Por seu lado, Mahamadou Salou, uma figura proeminente de Anzourou, disse que, depois da chegada dos atacantes à primeira aldeia, os habitantes tentaram alertar as forças de segurança, mas sem sucesso, para que os homens armados pudessem facilmente deslocar-se para as outras aldeias.
"Como é que os jihadistas conseguem circular de motocicleta a meio do dia na nossa região, onde a circulação destes meios de transporte está proibida desde 01 de janeiro de 2020, e percorrer centenas de quilómetros sem serem vistos pelas patrulhas do exército", questionou.
Este ataque, perpetrado durante o mês de jejum muçulmano do Ramadão, ocorre três meses depois de um outro na aldeia de Molia, no qual foram mortos quatro civis.
O governador da região de Tillabéri, Ibrahim Tidjani Katiella, foi ontem à aldeia visada para se inteirar da situação e apresentar as suas condolências às famílias das vítimas.
"Não cedam à ameaça dos jihadistas, nós tomaremos as medidas necessárias para garantir a vossa segurança", prometeu.