Vídeo denuncia pressão de Bolsonaro para despedir chefe da polícia

Presidente do Brasil é acusado de despedir chefe da Polícia Federal por este temer investigações que estavam a ser feitas à sua família.

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Notícias Ao Minuto
13/05/2020 14:36 ‧ 13/05/2020 por Notícias Ao Minuto

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Brasil

A polémica sobre o despedimento do chefe da Polícia Federal do Brasil volta a ganhar novos contornos. Segundo a imprensa brasileira, a existência de um vídeo de uma reunião do governo brasileiro pode colocar Jair Bolsonaro em maus lençóis.

A gravação, que terá sido mencionada por Sérgio Moro, é uma das provas apontadas pelo ex-ministro no inquérito que apura a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Nas imagens, refere-se, pode ver-se o presidente do Brasil a afirmar que está preocupado com investigações policiais que estão a ser levadas a cabo pelo polícia no Rio de Janeiro e que visam familiares seus. Bolsonaro chega mesmo a admitir despedir quem for preciso para pôr termo a essas mesmas investigações, incluindo os responsáveis da polícia e o próprio ministro da Justiça da altura, Sergio Moro.

O vídeo deste encontro, que aconteceu a 22 de abril, terá sido  partilhado, esta terça-feira, numa reunião de um grupo de investigadores responsáveis por apurar uma possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. As imagens não foram tornadas públicas por fazerem parte da investigação.

“Não vou esperar f**** alguém da minha família. Troco todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro”, terá dito Bolsonaro, segundo revelaram fontes à Globo.

Recorde-se que  o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo dois dias depois. A exoneração ocorreu "a pedido", segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no "Diário Oficial da União. Após esta decisão, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu a sua demissão,  justificando a decisão com a preservação da "autonomia da Polícia Federal".

Bolsonaro já veio a público defender-se. O presidente brasileiro afirma que não disse as palavras "Polícia Federal", "superintendente" ou "investigação" durante a reunião em causa e salienta que a interpretação sobre o que foi dito "vai da cabeça de cada um". Acrescenta, ainda, o presidente do Brasil que as suas preocupações estavam relacionadas com a segurança da sua família.

 

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