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Médicos Sem Fronteiras pedem mais esforços e coordenação na Guiné-Bissau

Os Médicos Sem Fronteiras pediram hoje mais esforços e coordenação no combate à pandemia do novo coronavírus na Guiné-Bissau devido ao "aumento dramático" de casos na cidade de Bissau.

Médicos Sem Fronteiras pedem mais esforços e coordenação na Guiné-Bissau
Notícias ao Minuto

14:18 - 14/05/20 por Lusa

Mundo Covid-19

O número de casos da covid-19 na Guiné-Bissau aumentou na quarta-feira para 836, mantendo-se os três mortos, segundo os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) do país.

"Este aumento dramático mostra que o vírus continua a propagar-se nas comunidades e mais rápido do que pensávamos", refere Mónica Negrete, chefe da missão dos Médicos Sem Fronteiras em Bissau, em comunicado divulgado à imprensa.

Para a responsável, o número de casos confirma também que a Guiné-Bissau está "numa tendência ascendente da contaminação, apesar das medidas adotadas pelas autoridades".

No comunicado, a representante dos Médicos Sem Fronteiras na Guiné-Bissau salienta que há um "vasto número de profissionais médicos do Hospital Nacional Simão Mendes" que contraíram a infeção e estão em quarenta, "impossibilitados de trabalhar".

"O elevado nível de estigma e a importante falta de conhecimento sobre a doença por parte da população tornam a situação ainda mais grave e complica a possibilidade de conter a propagação da epidemia", sublinha a responsável.

Segundo Mónica Negrete, apesar de terem sido tomadas medidas "estas são insuficientes" e "mal coordenadas ao nível de Bissau e nas regiões".

"As agências internacionais, o sistema da ONU e outras entidades locais envolvidas na resposta à covid-19 têm de redobrar os seus esforços com urgência, uma vez que ainda permanecem um grande número de necessidades que não estão cobertas. A gravidade dos números de hoje requer liderança e determinação ao mais alto nível", diz no comunicado.

No âmbito do combate à pandemia, os Médicos Sem Fronteiras na Guiné-Bissau têm dado formação às equipas de saúde envolvidas na gestão dos casos de covid-19, apoio ao centro de atendimento telefónico, feito rastreamento comunitário e também colaboram com o trabalho do Centro de Operações de Emergência de Saúde do país.

Em África, há 2.475 mortos confirmados, com quase 72 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios. 

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

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