O presidente brasileiro Jair Bolsonaro voltou a defender, esta quinta-feira, a reabertura da atividade económica no país, que se encontram atualmente limitadas devido à pandemia da Covid-19.
"Deixo um apelo aos governadores. Revejam esta política [de restrição da atividade económica]. Estou pronto para conversar. Vamos preservar a vida? Vamos. Mas, desta forma, o preço futuro serão centenas de mais vidas que vamos perder por causa destas medidas absurdas de fechar tudo", começou por dizer o chefe do Governo em declarações aos jornalistas à saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, cita a G1.
Tendo sempre adotado uma postura de confrontação com os governadores brasileiros sobre esta questão e criticado as medidas de isolamento social impostas pelos estados, Bolsonaro voltou ainda a condenar os responsáveis que não assinaram o decreto proposto por si que inclui a reabertura de cabeleireiros, estabelecimentos de estética e ginásios no país, para além das atividades consideradas essenciais.
Até ao momento, a maioria dos estados e o Distrito Federal entenderam que a inclusão destas atividades iria agravar a situação epidemiológica no país, sendo que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu que a competência para definir medidas de isolamento é dos estados.
"Temos de ter coragem para enfrentar o vírus. Está morrendo gente? Está! Lamento! Mas vai morrer muito, muito, muito mais se a economia continuar a ser destroçada por estas medidas", afirmou o presidente.
Bolsonaro apontou ainda o dedo ao chamado 'lockdown' (confinamento obrigatório) que foi adotado por algumas cidades no país. "Essa história do 'lockdown', vão fechar tudo, não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, (vai) quebrar o Brasil", acrescentou.
De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde brasileiro, ontem, o vírus continua a não dar tréguas ao país, tendo sido registados mais 749 mortes no Brasil associadas à Covid-19, elevando o número total de óbitos no país para 13.149. Quando ao número de casos confirmados, foram identificados, só no espaço de um dia, mais 11.385 casos confirmados. O Brasil conta no total com 188.974 pessoas infetadas.